segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Das mortes

Filho, sente-se aqui
para eu lembrar que ainda sou pai.
De filho não tenho mais nome
apenas origem repousando em sonho.
Mãe, me dê sua mão
para me lembrar de que ainda sou filha.
Pois a criança que tenho em mim
hoje chora para não morrer.
Amor, diga uma palavra
para que o sangue da sua língua
cicatrize o meu querer.
Cansa o caminho de ser tão de mim
Hoje só quero esquecer.

(23.11.2009)

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